As instituições modernas entre o projeto desconstrucionista e o projeto construtivista de pensamento político

Autores

  • Carlos Sávio Teixeira
  • Tiago Medeiros

DOI:

https://doi.org/10.9732/2024.V129.1251

Resumo

Este artigo identifica e analisa duas perspectivas teóricas acerca do poder e das instituições. Ambas são entendidas como manifestações filosóficas do imaginário da geração de Maio de 1968. A primeira é denominada Desconstrucionismo. Ela é caracterizada por articular uma concepção negativista acerca do fenômeno institucional e de toda manifestação de poder. Sua abordagem se traduz numa “cratofobia” que enxerga em toda institucionalização da modernidade um dispositivo de opressão. A segunda visão é denominada Construtivismo. Ela atribui ao poder e às instituições o estatuto de arranjos provisórios de regulação das relações sociais, mas que podem também se tornar alavancas de transformação da estrutura econômica e política das sociedades. Estabelecido o contraste, argumentamos que o desconstrucionismo legou despreparo para o trato das inevitáveis operações exigidas pelas instituições que organizam a nossa vida material e simbólica, tornando-se uma fonte de desorientação intelectual e moral. Ao passo que o construtivismo se revela capaz de justapor realismo analítico com imaginação programática de alternativas, embora permaneça uma perspectiva menos conhecida e menos disseminada pelas gerações herdeiras do Maio de 68. O artigo revela, à guisa de conclusão, uma diferença no entendimento da relação entre ação e estrutura, mediada por instituições, por meio de um panorama tipológico de filosofia política.

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

Sávio Teixeira, C., & Medeiros, T. (2024). As instituições modernas entre o projeto desconstrucionista e o projeto construtivista de pensamento político. Revista Brasileira De Estudos Políticos, 129. https://doi.org/10.9732/2024.V129.1251

Edição

Seção

Artigos