Mulheres e sociedade
uma rota de colisão entre papel e expectativa social
DOI:
https://doi.org/10.9732/2021.v123.691Resumo
INTRODUÇÃO: O presente artigo tem como tema o papel social das mulheres. O principal problema de pesquisa a ser respondido é: de que modo o papel atribuído às mulheres vem sendo desenvolvido atualmente e como o rompimento da expectativa social em seu desempenho contribui para o surgimento de conflitos?
OBJETIVOS: Analisar o papel social atribuído as mulheres elencando as consequências pelo seu descumprimento.
METODOLOGIA: Como método de procedimento foi utilizado o método monográfico e como técnica de pesquisa aplicou-se a bibliográfica
RESULTADOS: A pesquisa resultou na produção de um texto que aborda o papel desempenhado pela mulher, e a ruptura da expectativa social no seu desempenho como fonte originária do conflito social; outro resultado do texto foi a comprovação de que as rupturas no desempenho dos papeis femininos que geram o conflito também produzem mudança social.
CONCLUSÕES: A principal conclusão diz respeito a confirmação da hipótese no sentido de que o papel atribuído e exercido pelas mulheres vem sendo desenvolvido de modo diverso, muitas vezes em verdadeira rota de colisão com as expectativas sociais contribuindo, assim, para o surgimento de conflitos.
Referências
ACUÑA, María Elena. Conceptos fundamentales: Posición occidental del sujeto teórico, tensiones sobre la idea biologicista de la mujer, material del curso Introducción a las teorías feministas, impartido en UAbierta, Universidad de Chile, 2019.
AKOTIRENE, Carla. O que é interseccionalidade. Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2018. Coleção Feminismos Plurais.
ALMEIDA, Silvio de. O que é racismo estrutural. Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2018. Coleção Feminismos Plurais.
ARAÚJO, Clara. Valores e desigualdade de gênero Mediações entre participação política e representação democrática. Civitas, Porto Alegre, v. 16, n. 2, e36-e61, abr.-jun. 2016.
ARRUZZA, Cinzia; BHATTACHARYA, Tihi; FRASER, Nancy. Feminismo para os 99%: um manifesto. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2019.
BEUCHARD, Jacques. La dynamique conflictuelle. Paris: Réseausx, 1981.
BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. Introdução: teoria política feminista hoje. In: BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. (orgs.) Teoria política feminista: textos centrais. Vinhedo, Editora Horizonte, 2013.
BLANCHOT, Maurice. Pour l’amitié. Paris: Fourbis, 1996.
BOUDON, R.; BOURRICAUD, F. Dicionário crítico de sociologia. Tradução de Maria Letícia Guedes Alcoforado e Durval Ártico. São Paulo: Ática, 1993.
BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. 8 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
CARDOSO, Cláudia Pons. Apresentação. In: hooks, bell. Teoria Feminista: da margem ao centro. Tradução de Rainer Patriota. São Paulo: Perspectiva, 2019.
CARNEIRO, Sueli. Mulheres em movimento. Revista Estudos Avançados. São Paulo, n. 14 (49), 2003.
COLLINS, Randall. Teorie Sociologiche. Traduzione di Umbreto Livini. Bologna: Il Mulino, 2006.
COSER, Lewis A. Le funzioni del conflitto sociale. Milano: Feltrinelli, 1967.
CRUZ, Maria Helena Santana; DIAS, Alfrancio Ferreira. Antifeminismo. Revista de Estudos de Cultura. Sergipe. nº 01, Jan.Abr. 2015.
DAHRENDORF, Ralf. Homo sociologicus: ensaio sobre a história, o significado e a crítica da categoria social. Tradução de Manfredo Berger. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1991.
DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.
DEUTSCH, Morton. A resolução do conflito: processos construtivos e processos destrutivos. In: AZEVEDO, André Gomma. Estudos em arbitragem, negociação e mediação: Brasília: Grupos de Pesquisa, 2004, p. 29-100.
DUFFY, K. G.; GROSCH, J. W.; OLCZAK, P. V. La mediación y sus contextos de aplicación. Una introducción para profesionales e investigadores. Traducción de María Ángeles Garoz. Barcelona: Paidós Ibérica, 1996.
ESPINOSA-MIÑOSO, Yuderkys. Uma crítica descolonial a la epistemologia feminista crítica. El Cotidiano. Ciudad de México, n. 184, marzo-abril, 2014.
FARAH, Marta Ferreira Santos. Gênero e políticas públicas. In Estudos Feministas, Florianópolis, 12 (1): 47-71, janeiro-abril/2004. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/ref/v12n1/21692> Acesso em 15/03/2019.
FARHERR, Jaime. RESENHA: WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos direitos das mulheres. Diaphonía, v. 3, n. II, 2017, Cascavel/PR.
FEDERICI, Silvia. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. Tradução de Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2019.
FREUD, Sigmund. O mal estar da civilização. Tradução de José Octávio de Aguiar Breu. Rio de Janeiro: Imago, 1997.
FREUND, Julien. Il terzo, il nemico, il conflicto. Materiali per una teoria del politico. A cura di Alessandro Campi. Milano: Giuffrè, 1995.
GONZATTI, Renata Maria. A sub-representação política das mulheres no parlamento brasileiro: o “teto de cristal” político-jurídico e os desafios às políticas públicas para a sua superação. Dissertação. (Mestrado em Direito). Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Santa Cruz do Sul, UNISC, Santa Cruz do Sul, 2018.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou a matéria, forma e poder de uma república eclesiástica e civil. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
hooks, bell. Não serei eu uma mulher? As mulheres negras e o feminismo. Tradução de Nuno Quintas. Lisboa: Orfeu Negro, 2018.
hooks, bell. Teoria feminista: da margem ao centro. Tradução de Rainer Patriota. São Paulo: Perspectiva, 2019.
JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia. Guia prático da linguagem sociológica. Tradução de Ruy Jungmann. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
LIMA, Fernanda da Silva. Racismo e antirracismo no Brasil: temas emergentes no cenário sócio jurídico. 1. ed. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2018.
LIMA, Fernanda da Silva; CAPORAL, Angélica Azeredo Garcia. Feminismo negro no Brasil e luta por reconhecimento: um diálogo com a Teoria da Justiça de Nancy Fraser. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM. Santa Maria/RS. v. 15, p. 1-33, 2020
LIMA, Fernanda da Silva; BORGES, Gustavo. Publicidade e racismo reverso? O que uma campanha publicitária tem a revelar sobre o racismo no Brasil. Revista de Direito do Consumidor. v. 123, n. 128, p. 37-76. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, mai-jun, 2019.
LEMOS, Rosália de Oliveira. Os feminismos negros: a reação aos sistemas de opressões. Revista Espaço Acadêmico. Maringá/PR, p. 1-14, n. 185, out., 2016.
LUGONES, María. Colonialidad y Género. Tabula Rasa. Bogotá - Colombia, n. 9: 73-101, julio-diciembre 2008.
LUGONES, María. Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas. Florianópolis, 22(3): 320, setembro-dezembro/2014.
MACHADO, Isadora Vier. Adolescentes institucionalizadas : um estudo sobre proteção integral e gênero no Centro de Socioeducação da região de Ponta-Grossa-PR. 183 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2010.
MARX, Karl. Do capital. O rendimento e suas fontes. Tradução de Edgar Malagodi. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Os pensadores).
MOREIRA, Núbia Regina. Feminismo negro brasileiro: igualdade, diferença e representação. Anais do 31º Encontro da Anpocs. Caxambu/MG: Anpocs, 2007.
NIETZSCHE, Friederich. Em que medida as condições de vida serão mais artísticas na Europa. In: Gaia Ciência. Lisboa: Guimarães, 1967.
PATEMAN, Carole. Críticas feministas à dicotomia público/privado. In: BIROLI, Flávia; MIGUEL, Luis Felipe. (orgs.) Teoria política feminista: textos centrais. Vinhedo, Editora Horizonte, 2013.
PEDRO, Joana. Traduzindo o debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. HISTÓRIA, São Paulo, v.24, N.1, P.77-98, 2005.
PRÁ; Jussara Reis; EPPING, Léa. Cidadania e feminismo no reconhecimento dos direitos humanos das mulheres. Estudos Feministas, Florianópolis, 20(1): 33-51, janeiro-abril/2012.
RESTA, Eligio. “Giudicare, conciliare, mediare”. In: F. Scarparro, Il coraggio di mediare. Contesti, teorie e pratiche di risoluzioni alternative delle controversie. Milano: Angelo Guerini, 2005b.p.105-120.
RESTA, Eligio. Il diritto Fraterno. Roma-Bari: Laterza, 2005a.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2017. Coleção Feminismos Plurais.
RIEF, Philip. Na obra: Freud: the mind of a moralist. New York, [s. ed.], 1958.
RODRIGUEZ, José Rodrigo. Democracia e Feminismo: qual racionalidade? Revista Brasileira de Estudos Políticos, Belo Horizonte, n. 114, pp. 199-222, jan./jun. 2017.
ROSS, Marc Howard. La cultura del conflicto. Las diferencias interculturales en la práctica de la violencia.Traducción de José Ral Gutiérrez. Barcelona: Paidós Ibérica, 1995.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria de análise histórica. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 16, n. 2, p. 5-22, jul/dez., 1990.
SCHMIDT, Rita Terezinha. Refutações ao feminismo: (des)compassos da cultura letrada brasileira. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, 14(3): 765-799, setembro-dezembro/2006.
SIMMEL, Georg. Sociologia.Organização: Evaristo de Moraes Filho. Tradução de Carlos Alberto Pavanelli, et al. São Paulo: Ática, 1983.
SPENGLER, Fabiana Marion. Da jurisdição à mediação: por uma outra cultura no tratamento dos conflitos. 2 ed. Ijuí: Unijuí, 2016.
TIBURI, Márcia. Feminismo em comum: para todas, todes e todos. 7 ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018.
VIEIRA, Reginaldo de Souza. A cidadania na República Federativa: pressupostos para a articulação de um novo paradigma jurídico e político para os Conselhos de Saúde. 2013. 540 fl. Tese (Doutorado em Direito) – Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Brasileira de Estudos Políticos o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution. Essa licença permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, desde que sem fins comerciais.
É permitido ainda que outros distribuam, adaptem e criem a partir do seu trabalho, sem fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
The authors maintain the copyright and grant the Brazilian Journal of Political Studies the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License. This license allows the sharing of the work with authorship recognition and initial publication in this journal, as long as it is not for commercial purposes.
It is also allowed that others distribute, adapt and create from their work, without commercial purposes, as long as they attribute due credit for the original creation.
Authors are allowed to enter into additional contracts separately for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publish in an institutional repository or as a book chapter), with authorship recognition and initial publication in this journal.
Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online after the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and citation of the published work.