Democracia digital e avaliação continuada de políticas públicas
DOI:
https://doi.org/10.9732/rbep.v119i0.715Resumo
No presente artigo analisa-se como o advento da democracia digital, em especial mediante o uso de aplicativos e outras ferramentas similares, pode viabilizar uma profunda reconfiguração da avaliação continuada das políticas públicas. Iniciando com a contextualização da democracia digital no âmbito do desenvolvimento histórico da democracia liberal, a pesquisa busca concentrar o foco em aspectos concernentes aos novos possíveis mecanismos de participação digital do cidadão-usuário de serviços públicos. Nesse sentido, mais do que usuário, o cidadão torna-se, de fato, um ativo codefinidor de políticas públicas. Quanto à metodologia, as categorias conceituais clássicas da teoria democrática são abordadas com base na metodologia analítico-descritiva. Já a metodologia crítico-hermenêutica é empregada na análise da relação entreos indivíduos e as políticas públicas no âmbito da democracia digital.Referências
BENKLER, Yochai. The Wealth of Networks. New Haven: Yale University Press, 2006.
CAPLAN, Bryan. The Myth of Rational Voter. Princeton: Princeton University Press, 2007.
CARRÉ DE MALBERG, Raymond. La Loi, expression de la volonté générale. Paris: Economica, 1984.
CASTELLS, Manuel. Rede de Indignação e Esperança. 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
CASTELLS, Manuel. Ruptura. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
CHEVALLIER, Jacques. O Estado Pós-Moderno. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2009.
CORRÊA, Gilson C. Pianta. Democracia Digital: Uma análise da percepção sore a digitalização das práticas democráticas em Porto Alegre. Tese de Doutorado em Sociologia. Porto Alegre: Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFRGS, 2014.
DAHL, Robert A. Hierarchy, Democracy and Bargaining in Politics and Economics. In: EULAU, Heinz et al (org.). Political Behavior. Glencoe: Free Press, p. 83-89, 1956.
DAHL, Robert A. Polyarchy. Participation and opposition. New Haven/Londres: Yale University Press, 1971.
DAHL, Robert A. On Democracy. New Haven-London: Yale University Press, 1998.
DUNCAN, Graeme; LUKES, Steven. The New Democracy. Political Studies, vol. XI, n. 2, p. 156-177, 1963.
ELLIOTT, Mark; VARUHAS, Jason N. E. Administrative Law. 4ª ed. New York: Oxford University Press, 2011.
FREITAS, Juarez. Direito Administrativo Não-Adversarial. Revista de Direito Administrativo, vol. 276, pp. 25-46, 2017.
FRENKEL, Douglas N.; STARK, James H. Improving Lawyers’ Judgment: Is Mediation Training De-Biasing? Harvard Negotiation Law Review, vol. 21, pp. 1-58, 2015.
GARDELS, Nathan; BERGGRUEN, Nicolas. Renovating Democracy. Oakland: California University Press, 2019.
GOHN, Maria da Glória. Participação e Democracia no Brasil. Da década de 1960 aos impactos pós-junho de 2013. Petrópolis: Vozes, 2019.
HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia: entre faticidade e validade. V. 1. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997.
HASKEL, Jonathan; WESTLAKE, Stian. Capitalism without capital. Princeton: Princeton University Press, 2018.
HELD, David. Models of Democracy. 3ª edição. Stanford: Stanford University Press, 2006.
HINDMAN, Matthew. The Myth of Digital Democracy. Princeton: Princeton University Press, 2009.
HONNETH, Axel. Luta pelo reconhecimento. São Paulo: Editora 34, 2003.
KELLY, Jamie Terence. Framing Democracy. A Behavioral Approach to Democratic Theory. Princeton: Princeton University, 2012.
LEVITSKY, Steven; ZIBLATT, Daniel. Como morrem as democracias. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.
MILANI, Carlos R. S. O princípio da participação social na gestão das políticas públicas locais: Uma análise de experiências latino-americanas e europeias. Revista de Administração Pública, v. 42, n.3, pp. 551-579, 2008.
MOTZFELDT, Hanne Marie. The Danish Principle of Administrative Law by Design. European Public Law, vol. 23, n. 4, pp.739-754, 2017.
MOUNK, Yascha. O povo contra a democracia. São Paulo: Cia. das Letras, 2019.
RAWLS, John. Political Liberalism: Reply to Habermas. The Journal of Philosophy, vol. 92, n. 3, p. 132-180, 1995.
RAWLS, John. A Theory of Justice. Cambridge: Harvard University Press, 2003.
ROBINSON, Mark. From Old Public Administration to New Public Service. Singapura: UNDP, 2015.
ROSANVALLON, Pierre. Le peuple introuvable. Paris: Gallimard, 1998.
ROSANVALLON, Pierre. La légitimité démocratique. Paris: Seuil, 2008.
ROSLING, Hans; ROSLING, Ola; ROSLING, Anna. Factfulness: ten reasons we’re wrong about the world. New York: Flatiron, 2018.
ROUSSEAU, Dominique. O direito constitucional contínuo: instituições, garantias e utopia. RECHTD. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito, vol. 8, n. 3, 261-271, 2016.
ROUSSEAU, Dominique. Radicalizar a Democracia: proposições para uma refundação. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2019.
SUNSTEIN, Cass. #Republic Divided Democracy in the Age of Social Media. Princeton: Princeton University Press, 2017.
SUNSTEIN, Cass. Going to Extremes. How like minds unite and divide. New York: Oxford University Press, 2009.
TAPSCOTT, Don; TAPSCOTT, Alex. Blockchain revolution. São Paulo: Senai-SP, 2018.
TILLY, Charles. Democracia. Petrópolis: Vozes, 2013.
VAN DIJK, Jan A. G. M. Digital Democracy: Vision and Reality. In: SNELLEN, Ig; THAENS, Marcel; VAN DE DONK, Wim B. H. J. (Eds.). Public Administration in the Information Age: Revisited. Amsterdam: IOS Press, 2012, pp. 49-68.
URY, William; FISCHER, Roger; PATTON, Bruce. Getting to Yes. 3ª ed. New York: Penguin Books, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Brasileira de Estudos Políticos o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution. Essa licença permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista, desde que sem fins comerciais.
É permitido ainda que outros distribuam, adaptem e criem a partir do seu trabalho, sem fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online após o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
The authors maintain the copyright and grant the Brazilian Journal of Political Studies the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License. This license allows the sharing of the work with authorship recognition and initial publication in this journal, as long as it is not for commercial purposes.
It is also allowed that others distribute, adapt and create from their work, without commercial purposes, as long as they attribute due credit for the original creation.
Authors are allowed to enter into additional contracts separately for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (e.g., publish in an institutional repository or as a book chapter), with authorship recognition and initial publication in this journal.
Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online after the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and citation of the published work.