Medo, Política e Direito: da legalidade espiritual à legalidade prática das formas de vida entre Comte, Freud e Nietzsche
DOI:
https://doi.org/10.9732/P.0034-7191.2016V112P147Resumo
O presente artigo pretende apresentar uma proposta sobre pensar a possibilidade de se restaurar no homem sua relação com o passado e, nesse processo de resgate verificar novos horizontes de possibilidades, uma vez que genealogicamente o homem é um fruto bem elaborado da perplexidade de sua própria condição existencial, já é tempo de se avançar para uma compreensão que nos projete para fora do ambiente de uma ilusão medrosa, sendo este, talvez, o primeiro passo para se repensar as formas de vida que encontram no direito - em sua relação imediata com a vida - um ponto inegável que se refere da legalidade espiritual - a ordenação de um controle do externo e do interno - até a legalidade prática das formas de vida que têm como instrumento principal o direito e o exercício da violência. Nesse medida, o contexto do artigo é o de uma ambivalência que se dá nos limiares da política e do direito.
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