Políticas macroeconômicas: Erros e acertos de uma política extrativa

Autores

  • Kristian Rodrigo Pscheidt Universidade Presbiteriana Mackenzie
  • Felipe Chiarello de Souza Pinto

DOI:

https://doi.org/10.9732/P.0034-7191.2016V112P231

Resumo

A doutrina econômica ao longo dos anos tem identificado uma série de fatores que indicam o sucesso ou o descrédito de determinado no Estado no contexto internacional. Destacam-se as teorias de Mariana Mazzucato, com relação à inovação, Thomas Piketty e a questão da distribuição de riquezas, Luis Carlos Bresser-Pereira com o novo desenvolvimentismo, a quarta revolução de John Micklethwait e Adrian Wooldridge, entre outros. Cada um deles, ao seu mérito, ainda que as soluções por eles indicadas não representem toda a complexidade do mundo atual, é de se questionar se o Brasil vem olhando, ainda que minimamente, a doutrina especializada. A análise do ponto central de cada obra, em cotejo com os dados socioeconômicos, infelizmente, comprovam que o país ainda não acordou para a necessidade de se planejar e adotar políticas econômicas voltadas ao desenvolvimento.

Biografia do Autor

Kristian Rodrigo Pscheidt, Universidade Presbiteriana Mackenzie

Professor dos cursos de graduação e pós-graduação em Direito pela Universidade Tuiuti do Parana e da Faculdade CNEC de Campo Largo, Doutorando e Mestre em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2014), possui L.L.M em Direito de Negócios pela FMU (2014), é especialista em Direito Tributário pelo Centro Universitário Curitiba (2010), possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2008) e graduação em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2004).

Referências

Abílio Diniz: "crise no Brasil é política e não econômica". Revista Exame online de 02/11/2015. Disponível em <http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/abilio-diniz-crise-no-brasil-e-politica-e-nao-economica> Acesso em: 10 dez. 2015;

ACEMOGLU, Daron, ROBINSON, James. Why Nations Fail: the origins of Power, prosperity and poverty. Nova Iorque: Crown Business International, 2013;

AGHION, Philippe et al. Innovation and Institutional Ownership. American Econommic Review, v. 103, n. 1, 2013, pp. 227-304;

BARBOSA FILHO, Nelson. O desafio macroeconômico de 2015-2018. Revista de Economia Política, vol. 35, nº 3 (140), pp. 403-425, julho-setembro/2015;

Brasil é o penúltimo em ranking de patentes. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadoras, 2014. Disponível em: <http://anprotec.org.br/site/2014/04/brasil-ocupa-penultima-posicao-em-ranking-de-patentes/> Acesso em: 10 dez. 2015;

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A Construção política do Brasil: sociedade, economia e Estado desde a Independência. São Paulo: Editora 34, 2014;

BUFFON, Marciano, MATOS, Mateus Bassani. Tributação no Brasil do Século XXI: uma abordagem hermeneuticamente crítica. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015;

CARVALHO JÚNIOR, Antonio Carlos Costa d'Ávila. Política Fiscal e Dívida Pública. Finanças Públicas ‒ XVI Prêmio Tesouro Nacional ‒ 2011;

Corte maior no orçamento de 2016 'é realidade', diz ministro da Educação. Folha de S. Paulo. 03/09/2015. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2015/09/1677271-corte-maior-no-orcamento-e-realidade-para-2016-diz-ministro-da-educacao.shtml> Acesso em: 10 dez. 2015;

Dez teses sobre o novo desenvolvimento. Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, 2010. Disponível em: <http://www.tenthesesonnewdevelopmentalism.org/theses_portuguese.asp> Acesso: 05 dez. 2015;

DOWBOR, Ladislau. Aumento da Selic só beneficia os bancos. Em entrevista realizada em 08/06/2015 ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Disponível em <http://www.spbancarios.com.br/Noticias.aspx?id=11450> Acesso em: 10 dez. 2015;

FIANI, Ronaldo. Cooperação e conflito. Instituições e Desenvolvimento Econômico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011;

FURUBOTN Eirik, RICHTER, Rudolf. Institutions and Economic Theory: the contribution of the new institutional economics. Michigan: Ann Harbor The University of Michigan Press, 1998;

GRAHAM, Margareth B. W.. Entrepeneurship in the United States, 1920-2000. Apud D. S. Landres; J. Mokyr; W. J. Baumol (Orgs.), The Invention of the Enterprises: Entrepeneurship from ancient mesopotomia to modern times. Princeton: Princeton, University Press, 2010, pp. 401-402.

HERMANN, Jennifer. Sistematização do debate sobre o desenvolvimento e estabilidade. Desenvolvimento e Debate: BNDES, 2015;

HOLMES, Stephen, SUSTEIN, Cass. The cost of rights: why liberty depends on taxes. Nova Iorque: W. W. Norton & Company, 1999;

HUNTINGTON, S. P. Political order in changing societies. New Haven: Yale University Press, 1968;

JARDIM. Eduardo Marcial Ferreira. Finanças Públicas e Tributação ao Lume dos Direitos e Garantias. São Paulo: Noeses, 2015;

MATIAS-PEREIRA, José. Os Efeitos da Crise Política e Ética Sobre as Instituições e a Economia no Brasil. Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 67, 2006.

MAZZUCATO, Mariana. O Estado Empreendedor: desmascarando o mito do setor público vs. setor privado. Trad. Elvira Serapicos. São Paulo: Portfolio Penguin, 2014;

MICKLETHWAIT, John, WOOLDRIDGE, Adrian. A Quarta Revolução: a corrida global para reinventar o Estado. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. São Paulo: Penguin Portfolio, 2015;

MOKYR, Joel. Thinking About Technology and Institutions. Macalester International: Vol. 13, Article 8, 2003, pp. 19-24;

MUSACCHIO, Aldo, LAZZARINI, Sergio. Reinventando o Capitalismo de Estado: O Leviatã nos negócios: Brasil e outros países. Trad. Afonso Celso da Cunha Serra. São Paulo: Portfolio Penguin, 2014;

NASSIF, Andre. As armadilhas do tripé da política macroeconômica brasileira. Revista de Economia Política, vol. 35, nº 3 (140), pp. 426-443, julho-setembro/2015;

NAVARRO COELHO, Sacha Calmon. Comentários à Constituição de 1988. 6. Ed. Rio de Janeiro: Forense, 1996;

NORTH, Douglas. Institutions, Institutional change and economic performance. Cambridge: Cambridge University Press, 1990;

No primeiro semestre, 191 mil empresas deixaram de funcionar no país. Jornal Correio Braziliense. Edição online de 10/08/2015. Disponível em <http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/08/10/internas_economia,493952/no-primeiro-semestre-191-mil-empresas-deixaram-de-funcionar-no-pais.shtml>. Acesso em: 10 dez. 2015;

OLIVEIRA, Luis Cesar; SORGI, Fernando Antonio. O poder da inovação no Brasil. Conselho Federal de Economia, 2008. Disponível em: <http://www.cofecon.org.br/noticias/artigos/16-artigo/1357-artigo-o-poder-dainovacao-no-brasil>. Acesso em: dez 2015.

PIKETTY, Thomas. O Capital no Século XXI. Trad. Monica Baumgarten de Bolle. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014;

Relatório Anual 2014. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/empresa/RelAnual/ra2014/RA_2014.pdf> Acesso em: 10 dez. 2015;

RESENDE, André Lara. Devagar e Simples. Economia, Estado e vida contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 2015;

SCHUMPETER, Joseph. A. Capitalismo, socialismo e democracia. Rio de Janeiro: Zahar, 1984;

SEN, Amartya. Sobre ética e economia. Trad. Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1999;

Taxa de desemprego no Brasil deve atingir 10% em 2016. Revista Exame online de 15/11/2015. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/taxa-de-desemprego-no-brasil-deve-atingir-10-em-2016> Acesso em: 10 dez. 2015;

VON MISES, Ludwig. Liberalismo – Segundo a tradição clássica. Trad. Haydn Coutinho Pimenta. São Paulo: Instituto Ludwig Von Mises, 2010.

Downloads

Publicado

2016-08-31

Como Citar

Pscheidt, K. R., & Pinto, F. C. de S. (2016). Políticas macroeconômicas: Erros e acertos de uma política extrativa. Revista Brasileira De Estudos Políticos, 112, 231-270. https://doi.org/10.9732/P.0034-7191.2016V112P231

Edição

Seção

Artigos